O que você pode fazer para não alienar pessoas não-binárias
Por impulso ou preconceito, pessoas acabam escolhendo expressões que alienam ou que podem causar desconforto a pessoas não-binárias. Veja aqui algumas substituições mais adequadas para elas.
Em situação de alguém se apresentando com neolinguagem (como ed/eld/e ou -/ile/e):
Evitar: “Isso é muito novo e difícil pra mim, então vou errar bastante“, ou “não posso usar (insira outra linguagem aqui)?”
Tentar: “Vou tentar respeitar isso ao máximo da minha capacidade“, “vou anotar para não esquecer“, “posso ter alguns exemplos de como sua linguagem é utilizada, pra fixar melhor?“, ou formar alguma frase com a linguagem da pessoa para ter certeza de que entendeu.
Em situação de não ser oferecida uma opção para pessoas não-binárias escolherem em alguma situação que precisa de gênero:
Evitar: “Isso é muito novo ainda, vai demorar para alguém levar a sério“, “apenas escolha o que corresponde com seu sexo biológico“, ou “apenas escolha (insira gênero pelo qual a pessoa passa aqui)“.
Tentar: “Vou ver se consigo outra opção para você“, “tem algum destes grupos que você acha menos pior de ser encaixade?“, “você pode não preencher/participar desta parte se você quiser“.
Em situação de errar a linguagem da pessoa:
Evitar: “Desculpe, é que é tão difícil!“, ou “é que nunca vou me acostumar com essas coisas“.
Tentar: “Desculpe, acho que esqueci do que você usa ao invés de (palavra errada)” ou corrigir na hora a palavra errada (“ele– uh, éli“, por exemplo).
Em situação de não se lembrar da linguagem ou do gênero da pessoa:
Evitar: Chutar qualquer palavra e torcer para que não esteja errado/para que a pessoa não note, ou reclamar que é algo muito difícil de lembrar.
Tentar: Perguntar para a pessoa ou para pessoas próximas qual é a linguagem certa ou o gênero certo.
Em situação de não saber o que significa o gênero da pessoa, ou de recém aprender o que ele significa:
Evitar: “Como isso é possível?“, “isso existe mesmo?“, “por que você escolheu se identificar desta forma?“, “mas todo mundo é meio assim!“, “pra quê se rotular assim?”
Tentar: “Você se sente à vontade para explicar o que é?“, “não sabia que isso existia, legal poder aprender!“, escutar sem falar nada para contestar, mesmo que não tenha conseguido entender direito, e depois procurar mais na internet, caso realmente queira aprender.
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