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Cetero

Bandeira cetero

Bandeira cetero

Pessoas cetero ou medisso são pessoas (geralmente não-binárias) que sentem atração somente por outras pessoas não-binárias. Allotropo é um nome alternativo que pode aparecer algumas vezes também.

Algumas pessoas cetero preferem dizer que são gays; outras se sentem desconfortáveis com essa ideia, pois ela deixa implícito que todos os gêneros não-binários são basicamente o mesmo.

Não existe especificação sobre pessoas cetero terem que ter atração por pessoas não-binárias de qualquer gênero, portanto mesmo uma pessoa não-binária que possui atração por alguns gêneros não-binários, mas não todos, pode se chamar de cetero.

Pessoas que não querem se identificar como cetero por não serem atraídas por pessoas de todos os gêneros não-binários podem também se identificar como bi, poli, neu, nin, ou gay, dependendo de quantos e de quais gêneros essas pessoas se sentem atraídas por.

Cetero vem do latim ceter (outre[s]). Cetero existe por ser uma alternativa a skolio (que significa torte/retorcide em grego), que foi considerado um nome inadequado para a orientação, ao inferir que pessoas não-binárias ou que atração por elas sejam algo errado ou estranho.

Já medisso vem de (não) e dissos (binárie/duple). Foi uma alternativa cunhada pela moderadora Auri do blog Pride Color Schemes, que gostaria de uma alternativa que não alienasse pessoas não-binárias como “outras”, e que não fosse tão similar a hétero.

A orientação skolio/cetero originalmente não era restrita a pessoas não-binárias, o que fez com que várias pessoas se preocupassem com pessoas binárias fetichizando pessoas não-binárias com esta identidade. Então, muitas vezes ela é considerada restrita para pessoas não-binárias. Pessoas binárias ainda podem utilizar as orientações alternativas mencionadas anteriormente, porém.

Estima-se que a orientação skolio tenha surgido em 2010. A bandeira foi postada em 2013. As menções a cetero como uma alternativa a skolio começam a surgir em 2015. O termo medisso foi cunhado em 2017.

Várias pessoas mencionam não gostar da bandeira cetero, mas a alternativa mais popular é a mesma bandeira, só que sem o coração. A própria criadora da bandeira diz ser pan, não cetero, e só ter desejado fazer uma sugestão, que nunca esperaria que virasse a bandeira mais popular para esta orientação.

As cores das faixas representam o seguinte:

  • Amarela: ser não-binárie/sentir atração por pessoas não-binárias
  • Verde: bigênero, genderqueer, entre outras identidades
  • Branca/Preta: ausência de gênero, neutralidade de gênero, questionamento de gênero

O coração da cor lavanda significa amor fora das normas de gênero.

Tanto cetero quanto medisso e skolio são os mesmos prefixos do inglês (ceterosexual, ceteroromantic/ceteromantic, etc.; skoliosexual, skolioromantic, etc.; medissosexual, medissoalterous, etc).


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